Jornal Folha de São Paulo.
O futurista veio ao Brasil para participar da WorldSkills 2015 (Torneio Internacional de Educação Profissional), a maior competição de ensino profissionalizante do mundo.
Ele se disse inspirado ao ver tantos jovens se empenhar. “Eles são donos do futuro”, afirma.
Carroll é palestrante e já foi chamado por empresas como Nasa, Walt Disney e Johnson & Johnson para falar sobre o que enxerga para o futuro dessas empresas.
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Folha – Que mudanças fazem com que empresas se preocupem com o futuro?
Jim Carroll – Toda profissão, todo comércio está mudando por causa da tecnologia. Um exemplo é o paisagismo. Hoje, em um jardim com vários irrigadores, é possível controlar individualmente cada um de um tablet. O equipamento identifica onde está mais seco e precisa irrigar mais.
Como isso afeta os profissionais?
No século 21, todo adulto precisa estar em um constante aprendizado. Não importa a área. E é muito importante aprender a coisa certa, na hora certa.
Por exemplo, o setor de refrigeração mudou. É preciso saber sobre tecnologia e informática. Agora, posso controlar o termostato da minha casa, em Toronto, com o meu celular.
Como o ensino técnico se insere nessa atualização?
Um exemplo: 55% da população mundial estará morando em cidades nos próximos anos e será preciso criar cada vez mais jardins verticais.
Para que o profissional domine os conhecimentos necessários, que vão além de jardinagem, o ensino técnico é uma saída.
Durante uma crise como a brasileira, a especialização pode ajudar?
Com certeza! Há no mundo todo falta de profissionais com conhecimentos técnicos — em diversas áreas.
Uma resposta
A falta de profissionais com conhecimento técnico também impacta o desenvolvimento econômico. As empresas buscam talentos capazes de lidar com as demandas tecnológicas em constante evolução, e as regiões que enfrentam escassez nesse aspecto podem perder oportunidades de crescimento e investimento.